sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Total eclipse of the heart



Ultimamente, eu venho dizendo que estou pouco preocupado com a aparência das coisas e me voltando muito mais pra sentir e entender elas. E isso tudo seria muito bonito e muito correto se eu conseguisse sentir outras coisas que não incertezas.



É desgastante passar o dia todo com essa variação de estado de espírito: uma hora eu começo a ver uma luz no fim do túnel e na outra eu começo a achar que a luz não é a de uma saída, mas apenas uma lamparina esquecida pelo viajante anterior. Na outra, eu já acho que a lamparina apagou e o que eu vejo é só o que sobrou da luz no espaço.

...

É como o personagem de “Tão forte e tão perto” fala: “Se o sol explodisse, só daríamos conta oito minutos depois, porque este é o tempo que leva para a luz chegar até a gente. Durante oito minutos ainda haveria claridade e ainda faria calor”.

E tudo isso só serve para me deixar mais confuso e mais angustiado: estaria eu forçando as coisas e querendo esticar meus 8 minutos, criando uma ilusão de que ainda há luz ou que o sol pode ser consertado, ou isso é apenas um eclipse?

Nenhum comentário: