quinta-feira, 21 de julho de 2011

E mais uma vez...


Não sei bem o que é isso, mas é uma aflição aqui dentro.

Essa semana a M. mandou um recado pelo Facebook para o JV, pedindo para ele voltar para o Ceará. E eu deixei uma mensagem dizendo que gostava muito dele, mas que ele deveria ficar por lá mesmo, que aqui só tem umas 10 pessoas que são interessantes e que podem fazer falta. O restante, bem...
Acho que exagerei na quantidade...

É engraçado como a cada dia que passa eu vou sendo tomado por uma sensação de que poucas coisas valem a pena, de que poucas pessoas valem a pena. Seria isso uma crise de meia idade aos 26 anos ou apenas uma eventualidade daqueles dias em que se levanta do lado errado da cama?

O que me parece pior é que eu estou sendo tomado por esse sentimento não apenas com relação ao que eu vejo e sinto, mas também com relação ao que eu ainda vou ver. E o ceticismo é ainda maior com relação as coisas que ainda vou sentir. Ou, no caso, deixar de sentir.

Eu começo a entender por quê algumas pessoas vivem no automático: dá menos trabalho. É mais simples: quanto menos se espera, mais se ganha. Qualquer coisa, qualquer pequena mudança é lucro.

...

Eu sou inconformado e dramático: eu não consigo conceber essa visão, não consigo aceitar como alguém consegue viver a rotina e chamar as eventualidades de felicidade. Não que eu tenha pensamentos suicidas, mas desde quando viver se tornou tão enfadonho?