segunda-feira, 12 de outubro de 2009

12 de outubro


Daí que eu acordei pensando mais ou menos assim: a brincadeira é sempre Pique-esconde ou Esconde-esconde (chamem como quiser).
Quando se é criança, todo mundo se esconde e deixa um besta procurando, o que não deixa de ser divertido. E o bacana da brincadeira é que, no final, sabe-se que todos irão reaparecer.
Quando a gente cresce, a brincadeira continua, as regras mudam e ninguém as entende muitas bem, só se sabe que a gente precisa continuar procurando. Sempre.
De um lado, uns procuram, do outros, escondem. Procura-se não se sabe ao certo o que e esconde-se qualquer coisa.
...
O problema é que os papeis não são bem claros: um dia se esconde, no outro, procura-se. E nessa mudança constante, perde-se um pouco a noção: O que era mesmo que estava procurando? O que era mesmo que eu estava tentando esconder?
E aí, para aqueles mais desatentos, não se sabe ao certo o que devemos procurar: fica apenas aquela sensação, uma intuição de que algo deve ser encontrado.
E gasta-se uma vida inteira na busca de algo que poucos conseguem identificar o que se quer achar.